Ainda bem que eu não sou cardíaco

Esta passagem aconteceu durante o meu recente recesso de postagens, em meados de maio. Peço de antemão desculpas pelos termos que destoam da minha linha editorial, mas a minha intenção foi reconstituir a situação de forma fidedigna

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Ao chegar para malhar em um sábado à tarde, me chamaram para um churrasquinho informal que rolava nos fundos da academia. Engraçado que só tinha eu de aluno os demais eram professores, estagiários e funcionários

Papo vai, papo vem, o pessoal começou a falar de mulher. Para a minha surpresa, sem que eu absolutamente nada dissesse um professor amigo meu vira e diz:

- Sabe quem veio malhar outro dia? a tua musa (se referindo, claro, á EY)

Isso me fez refletir que a minha idolatria pela EY não passa despercebida aos demais. Será que eu dou muito bandeira? Mas esse foi o primeiro susto da noite.

O estagiário que participava da conversa perguntou:

- EY? Quem é, como ela é?

Depois que eu fiz uma rápida explanação sobre as características físicas (pausa para suspirar....) da EY, o estagiário emendou sem pensar duas vezes:

- Ah, sei quem é...... maior vagabunda.

Pára tudo... como é que é???? Por um triz consegui me manter calmo, a tempo de argumentar:

- Peraí, a EY?

e ele:

- Sim, ela mesma, não é ela que tem o cabelo assim, altura tal e outras características?

- sim, é ela

- Então, ela é muito safada. Só eu conheço dois da academia que comeram.

Tudo ficou preto. Acho que tive uma experiência de quase-morte, acho mesmo que cheguei a ver um vulto com uma foice na mão me chamando. Não podia ser verdade aquilo tudo... a postura que o estagiário narrava nunca, jamais, em tempo algum, combinou minimamente com a EY que eu conheci. Mas a vida é assim mesmo, a cada dia uma surpresa.

Quando a primeira lágrima estava prestes a verter, a dor e o sofrimento me dilaceravam, o estagiário mandou:

- Agora, então, que ela se separou, tá mais safada ainda

Separou? mas como separou se a EY ainda é solteira? Essa frase soou para mim tal qual acontece nos filmes, o velho clichê da arma falhar na hora do golpe de misericórdia, foi a salvação.

Não era a minha Deusa!!!! Desfeita a confusão, ainda ouvi referências elogiosas do estágiário à EY:

- Ah... essa mina (EY) é na moral. Sem contar que é muito gata!

Como eu disse no título da postagem, ainda bem que não sou cardíaco.

EY, eu te amo!